Campanha conscientiza sobre a importância de ter a pressão arterial aferida
Maio é o mês de conscientização sobre a hipertensão, uma doença silenciosa que afeta aproximadamente 1,13 bilhão de pessoas em todo o mundo e é a principal causa de mortalidade global – mais de 10 milhões de óbitos ao ano. No intuito de conscientizar o público sobre a importância de ter a pressão arterial aferida regularmente e tomar o medicamento prescrito, o grupo Servier, através do seu programa de suporte ao paciente Sempre Cuidando, realiza a quarta edição da campanha mundial #PORQUESIM(#BecauseIsayso), que visa colaborar com o May Measure Month (MMM), promovido pela Sociedade Internacional de Hipertensão (ISH).
A hipertensão é conhecida como o “assassino silencioso” porque, apesar de muitas vezes não apresentar sinais ou sintomas, pode levar a doenças cardiovasculares graves, como ataques cardíacos e derrames, além de influenciar outras complicações como insuficiência cardíaca, doença vascular periférica, insuficiência renal, doença ocular grave e comprometimento cognitivo.
“Quando dizemos que a pressão está elevada nos referimos à pressão que o sangue que circula em nosso corpo faz nas paredes das artérias e vasos sanguíneos do corpo. Quando essa pressão está alta, significa que o sangue faz uma pressão excessiva nas paredes desses vasos, promovendo um desgaste. Como os vasos são essenciais para levar oxigenação e nutrientes para todo o organismo, esse desgaste leva a complicações generalizadas”, descreve a cardiologista Erika Campana, especialista da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretora do Fundo de Aperfeiçoamento de Pesquisa em Cardiologia da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ/FUNCOR). No Brasil, estima-se que 388 pessoas morram por dia por complicações da doença.
A medição da pressão arterial é a única maneira de saber se a pressão arterial está sob controle ou muito alta, por isso um dos objetivos da campanha #PORQUESIM é incentivar que as pessoas verifiquem a própria pressão arterial de maneira frequente, pelo menos uma vez ao ano. “A Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial afirma que toda pessoa, a partir dos 3 anos de idade, deve verificar a pressão arterial. Se estamos falando de pessoas saudáveis, sem fatores de riscos associados, essa medição deve ocorrer idealmente a cada 1 ou 2 anos. A partir dos 20/30 anos, em pessoas com histórico familiar, anualmente ou a cada 6 meses”, aconselha a cardiologista Erika Campana.
O May Measure Month (MMM), promovido pela Sociedade Internacional de Hipertensão (ISH), tem mais de 80 países envolvidos e, este ano, pretende engajar mais de 1 milhão de pessoas. A iniciativa acontece em maio, pois o dia 17/05 é dedicado ao Dia Mundial da Hipertensão.
A hipertensão em números
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, a hipertensão atinge mais de 38 milhões de brasileiros. Em todo o mundo, estima-se que até 2025 a doença afete 1,56 bilhão de pessoas, o que representa 29,2% da população adulta.
A hipertensão é caracterizada pela elevação da pressão arterial para níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9, e o diagnóstico é feito baseado em duas aferições em, pelo menos, duas consultas seriadas, espaçadas por períodos de semanas a meses.
Os principais fatores de risco associados à hipertensão são a hereditariedade, a idade, o excesso de consumo de sal, o sedentarismo, a obesidade (principalmente entre os mais jovens), o estresse e o tabagismo. A cardiologista Erika Campana explica que, a partir do diagnóstico correto, o tratamento se define em dois conjuntos de atitudes. A primeira é a mudança dos hábitos de vida, ou seja, a correção dos fatores de risco que corroboram para a manifestação da doença. “O paciente deve melhorar a alimentação, reduzir drasticamente o sal dos alimentos e consumo de industrializados, ultraprocessados e bebidas alcoólicas, iniciar uma atividade física, parar de fumar e etc.”, descreve.
A segunda parte do tratamento inclui o uso da medicação, que é indicada pelo médico levando em conta a característica de cada paciente, ou seja, se ele tem outra doença associada, se é diabético ou está acima do peso etc. “É importante frisar que o tratamento da hipertensão deve ser seguido por toda a vida. A pessoa não pode parar. Se ela vir que a pressão está estável isso se deve justamente a eficácia do tratamento não a uma cura da doença”, destaca Erika Campana.
Lançada em todo o mundo, essa é a quarta edição da campanha de conscientização #PORQUESIM. Em 2022 a mensagem é ainda mais crucial pois, nos últimos 2 anos de pandemia, o acesso aos médicos foi mais difícil para os pacientes e o diagnóstico de hipertensão foi adiado. “O impacto da pandemia foi enorme para todos no mundo e sabemos que o diagnóstico da hipertensão está atrasado devido ao difícil acesso aos médicos. É por isso que a Servier continua, mais do que nunca, empenhada no combate à hipertensão em parceria com os profissionais de saúde, garantindo um diagnóstico precoce, pois é fundamental que os doentes estejam protegidos das graves consequências da hipertensão o mais rapidamente possível”, destaca David Pédelabat-Lartigau, diretor do portfólio de hipertensão da Servier.
Assim, o objetivo este ano é colocar a hipertensão de volta ao centro das atenções, porque falar sobre a doença pode fazer uma diferença significativa no diagnóstico precoce e tratamento. Com forte apelo nas redes sociais, principalmente Instagram, Facebook e LinkedIn, a ação global, em colaboração com a iniciativa de triagem May Measure Month, quer atingir especialmente jovens adultos para que esses motivem seus pais e entes queridos a verificarem a pressão arterial e tomarem a medicação prescrita pelo médico.
Em 2021, a campanha MMM conseguiu rastrear aproximadamente 650 mil adultos de 54 países.