Falhas em dispositivos IoMT crescem com o avanço dessa tecnologia no mundo
Levantamento da publicação especializada HITinfrastructure revela que cerca de 45% das conexões entre os aparelhos médicos dentro de hospitais e dispositivos da Internet das Coisas Médicas (IoMT, Internet of Medical Things) usados por pacientes sofrem falhas nas conexões causando em média dois segundos adicionais de tempo de espera para carregar um aplicativo. O estudo revela que embora dois segundos possam não parecer um atraso significativo, qualquer quantidade de tempo desperdiçada pode resultar no abandono do aplicativo pelo usuário.
O relatório explica que embora a conectividade perfeita possa ser uma meta irreal, entender o que interromperá um sinal de rede e como identificar esses desafios pode ajudar as organizações provedoras e profissionais de TI a desenvolver redes que funcionem no mais alto padrão possível.
Ainda de acordo com o levantamento da HITinfrastructure, as equipes de TI hospitalares são as responsáveis por garantir que os dispositivos IoMT sejam seguros, ativos, confiáveis e ininterruptos 24×7.
Luis Arís, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler LATAM, explica que para solucionar as falhas nas conexões dos dispositivos hospitalares, o time de TI das organizações de saúde tem a missão de gerenciar e proteger dispositivos profundamente heterogêneos que geram dados muito diferentes entre si.
“Como as aplicações de saúde exigem coleta de dados em tempo quase real, qualquer interrupção na conexão poderá custar caro em termos de precisão dos dados e erros no processo de diagnóstico. Uma única falha pode custar a segurança do paciente e a capacidade dos médicos de realizar seu trabalho”, enfatiza Arís.
Para Luis Arís, o trabalho dos times de TI dos hospitais só irá aumentar, já que uma recente pesquisa da consultoria canadense RBC Capital Markets mostrou que, em 2010, a capacidade total de armazenamento de dados do mundo era de aproximadamente 487 exabytes e, que até 2025, esse mesmo volume será criado a cada dois dias. Arís explica que segundo a pesquisa da RBC Capital Markets, hoje, aproximadamente 30% do volume mundial de dados é gerado pelo setor de saúde. Até 2025, a taxa de crescimento anual de dados para saúde atingirá 36%. Isso é um avanço 10% mais rápido do que os serviços financeiros e 11% mais rápido do que mídia e entretenimento.
O executivo da Paessler ressalta que no Brasil, a revolução digital do setor de saúde continua a todo vapor e a demanda por dados está mais elevada do que nunca. Ele afirma isso com base no estudo da Research and Markets, realizado em janeiro desse ano, que informa que o mercado de tecnologia hospitalar deve chegar a US$ 258 bilhões até 2026. Em 2019, o valor dessas soluções era de 55 bilhões de dólares.