Qualidade do ar interno é prática ESG que garante ambientes saudáveis
A boa qualidade do ar é uma das práticas ESG, Environmental, Social and Governance (do português, ASG – Ambiental, Social e Governança). A criação e o interesse cada vez maior pelas certificações WELL incluem, entre outras práticas, a manutenção da boa qualidade do ar interno. A procura por esses selos verdes está em alta no país e sintetiza a busca por ambientes mais saudáveis. busca pelo selo verde.
A poluição do ar mata cerca de sete milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano. Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que 9 em cada 10 pessoas respiram ar contendo altos níveis de poluentes. E, nos ambientes internos, onde as pessoas passam a maior parte do tempo, a situação é mais preocupante. Segundo a EPA, Agência Proteção Ambiental Americana, a qualidade do ar interno pode ser de duas a cinco vezes pior que a do ar externo. pior que a do ar externo.
A pandemia também reforçou a importância da qualidade do ar interno para conter a disseminação de vírus, bactérias e fungos dentro dos ambientes. As práticas de tratamento do ar estão estritamente ligadas aos pilares ESG que contemplam, na maioria das empresas, mudanças climáticas, inovação, negócios sustentáveis, relações com clientes, investimentos sociais e diversidade. “Fornecer ambientes internos mais seguros gera proteção aos ocupantes, melhora o desenvolvimento profissional, além de contribuir para o fortalecimento da equidade e da inclusão”, afirma Henrique Cury, CEO da Ecoquest, que utiliza a tecnologia ActivePure/IRC (Ionização Rádio Catalítica). E complementa: “trata-se de tornarmos os espaços saudáveis, garantindo qualidade de vida, saúde física, mental e social dos ocupantes”.
“O ESG não é restrito às grandes empresas. Práticas como o tratamento permanente do ar interno também são acessíveis a pequenos negócios que querem estar em linha com as práticas ESG. Um restaurante ou um pequeno comércio pode ter acesso a essa tecnologia, protegendo seus funcionários e clientes”, explica Manoel Gameiro, diretor da Ecoquest.
O tema da qualidade do ar interno vem ganhando cada vez mais força, com a conscientização por parte dos empresários. Para estabelecer critérios e facilitar sua implementação nas empresas, mais de 30 entidades do setor lançaram, no fim de 2020, o PNQAI- Plano Nacional de Qualidade do Ar Interno. Participam, por exemplo, Fiocruz, Confea, USP, Senai e associações do segmento, que contam com a colaboração de especialistas, como a do médico sanitarista Gonzalo Vecina. O objetivo do plano é, entre outros, reduzir doenças e impactos na saúde relacionados à poluição do ar.
Dados de um levantamento da Morningstar e da Capital Reset mostram que, no Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020. Recente pesquisa das entidades internacionais Bentall GreenOak, Center for Active Design e United Nations Environment Programme Finance Initiative, mostra que 92% dos investidores imobiliários têm expectativas de que a demanda por edifícios saudáveis cresça nos próximos três anos. E 86% deles afirmam que querem implementar mais ações de bem-estar e saúde em suas empresas. “A transformação de espaços em ambientes saudáveis já faz parte das novas exigências mundiais”, explica Cury.