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Estado da Paraíba realiza a primeira diálise em uma criança no sertão; entenda

O procedimento contou com a ajuda do transporte aeromédico pois o paciente de 4 anos estava internado em um hospital a 475 quilômetros de distância da capital João Pessoa

 

O estado da Paraíba realizou neste domingo (28) a primeira diálise, processo artificial para retirar resíduos e excesso de líquidos do corpo, em uma criança no sertão nordestino. O procedimento feito na cidade de Cajazeiras, a partir do transporte aéreo feito pelo Grupo de Resgate Aeromédico (Grame) que levou o aparelho da capital, João Pessoa, até o Hospital Regional de Cajazeiras, cobrindo cerca de 475 quilômetros de distância.

De acordo com o secretário de Saúde da Paraíba, Jhony Bezerra, a internação inicial se deu no Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB), com um quadro de tosse e febre, no entanto, ele se agravou e a criança precisou ser transferida para a UTI pediátrica do Hospital Regional de Cajazeiras.

Ele afirma que, apesar dos esforços da equipe médica, o quadro do paciente evoluiu para choque séptico (infecção generalizada), coagulação intravascular disseminada (CIVD) e insuficiência renal, o que gerou a necessidade da realização da diálise com urgência. 

“Com essa facilidade de troca de experiências e conhecimentos na área, conseguimos tratar um paciente que está longe dos grandes centros, trazendo para mais perto desses usuários os serviços de alta complexidade, atuando na regionalização da saúde. Agora, a criança de Cajazeiras tem toda assistência de saúde que ela precisa”, afirmou em nota.

Como funciona a diálise?

 

Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise, na qual o sangue sai do corpo e passa por um dialisador, denominado rim artificial, que filtra o sangue. Uma conexão artificial entre uma artéria e uma veia (veia intravenosa) é feita para facilitar a remoção do sangue.

E a diálise peritoneal, em que o peritônio (membrana que reveste o abdômen) é usado como filtro. O líquido deve permanecer dentro da barriga por um período determinado pelo médico e, quando ele for retirado, vai trazer junto com ele as toxinas e o excesso de água e sais minerais, de acordo a Biblioteca do Ministério da Saúde.

A insuficiência renal geralmente é a principal razão para pessoas precisarem realizar este processo. As duas técnicas (hemodiálise e diálise peritoneal) podem ser feitas tanto em casa quanto em um centro de saúde.

Fonte: O Globo

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