Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Notícias Corporativas

Desempenho matemático dos estudantes brasileiros é um dos piores do mundo

A matemática é uma ciência que contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, da criatividade, da autodireção, da iniciativa e da persistência, do pensamento sistêmico, da comunicação e da reflexão. No dia a dia, a carência do uso desses conhecimentos proporcionados pela disciplina pode trazer problemas na interpretação de situações em contextos individuais, ocupacionais, sociais e científicos. Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), isso é o que vem acontecendo com parte dos estudantes brasileiros há anos.

O estudo mais recente do Programa, que forma uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar coordenada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que o Brasil obteve uma das menores pontuações dos seus estudantes referentes à compreensão do conteúdo matemático e à capacidade de aplicar esse conhecimento na resolução de problemas contextualizados.

Segundo o Pisa, apenas 2% dos estudantes brasileiros do ensino fundamental alcançaram os níveis 5 ou 6 de proficiência, que são os mais altos da instituição. O país segue estagnado há nove anos entre os que apresentam os piores índices no desempenho matemático em meio a 79 países analisados.

No ranking de competitividade, medido pelo International Institute for Management Development (IMD), o Brasil ocupa o 59º lugar, dentre 63 nações, no quesito educação de crianças e adolescentes e formação profissional. A pesquisa aponta que, com exceção do Chile, todos os demais países da América Latina ocupam os últimos postos entre as economias examinadas.

O professor e pesquisador em matemática, Daniel Parasio Sobreira de Souza, conhece essa realidade. “Como professor, posso observar muitas lacunas na formação dos alunos que chegam à universidade. Parte desse problema vem da formação escolar muito deficiente na área da matemática, o que acaba estigmatizando essa disciplina e contribuindo para os índices muito baixos de desempenho acadêmico que o Brasil vem apresentando há muitas décadas”, afirma.

Tecnologia na busca pela desmistificação da matemática

Para driblar as dificuldades educacionais, incluindo os desafios com a área matemática, conhecida como uma das disciplinas mais temidas nas salas de aula, o meio acadêmico vem fazendo uso de recursos tecnológicos para chamar a atenção dos estudantes.

“Sabendo das dificuldades arraigadas em torno da educação no nosso país, venho observando com bastante atenção os novos métodos de ensino online e as dezenas de plataformas de ensino à distância que, hoje, se consolidaram como ferramentas eficazes de aprendizado, democratizando o ensino e possibilitando a disseminação de conteúdo que antes só se podia aprender em sala de aula”, explicou o professor Sobreira de Souza, que tem mais de 10 anos de experiência profissional em sala de aula e no ensino remoto.

Ele afirma ter convicção de que, sim, é possível quebrar o tabu de que a matemática é uma disciplina difícil e complicada, sem possibilidade de ser aprendida por meio do ensino à distância. Segundo o docente, entre as vantagens dessa forma de estudo estão a gama de aplicativos, sites, vídeos, fóruns de discussão e tutores online, que se adaptam a melhor forma de aprendizado de cada indivíduo.

Imposto pela pandemia para sanar a questão da obrigatoriedade de distanciamento social, o modelo de aulas remotas se tornou uma realidade praticamente consolidada no país. Dados do Censo Escolar 2021, promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que 92,3% das escolas adotaram estratégias junto aos professores, com a realização de reuniões virtuais para planejamento, coordenação e monitoramento das atividades durante a suspensão das aulas presenciais no Brasil. A reorganização ou a adaptação do plano de aula com priorização dos conteúdos específicos foi seguida por 83,7% das unidades escolares.

No ensino superior, pela primeira vez, o número de matrículas online superou o de matrículas presenciais, tanto na rede pública quanto na privada. A pesquisa do Inep aponta que o índice de novos alunos de EAD aumentou 428,2% nos últimos 10 anos. “Eu mesmo sou usuário assíduo destas plataformas, pois além de ser professor e ensinar online, também sigo aprimorando a minha formação realizando cursos online, acompanhando palestras e seminários à distância e trocando informações com a comunidade matemática ao redor do mundo”, afirmou o professor, que atualmente faz doutorado em Matemática na Universidade de Sevilha, na Espanha.

Investimentos são primordiais para mudar realidade da educação brasileira

De acordo com a análise da OCDE, a diferença entre as nações que se destacam nas primeiras posições no Pisa está diretamente ligada ao investimento em educação, valorização dos profissionais do setor e ações para diminuir a desigualdade entre alunos e escolas.

Para mudar essa realidade, uma visão de Estado que priorize a educação no plano de governo é necessária, de acordo com especialistas da área. Segundo estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), no ano passado, o gasto público com educação atingiu o menor patamar desde 2012.

Ao todo, o valor das despesas autorizadas para uso em educação chegou a R$ 129,8 bilhões, R$ 3 bilhões a mais que o ano anterior. Apesar disso, o gasto empenhado foi inferior, chegando a R$ 118,4 bilhões. Para este ano, o estudo aponta um montante autorizado de R$ 123,7 bilhões para a área, ou seja, R$ 6,2 bilhões a menos que em 2021.