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Falta de manutenção industrial pode acarretar problemas

A indústria brasileira é diversificada e inclui uma ampla variedade de setores, como siderurgia, petróleo e gás, construção, alimentos, química e automóveis, além de aviação, têxtil e vestuário e eletrônicos, entre outros. O Brasil é considerado um player global em diversos setores industriais, incluindo mineração, agroindústria e produção de aço.

Nos últimos anos, o mercado nacional enfrentou desafios como desaceleração econômica, alta inflação e instabilidade política. Resultado disso, a indústria da transformação brasileira perdeu 18 posições e encerrou o primeiro semestre de 2022 na 100ª colocação em uma listagem de 113 países. A informação integra um levantamento realizado pelo IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial).

A indústria brasileira desempenha um papel importante na cadeia de suprimentos global, fornecendo produtos e serviços para mercados internacionais. Além disso, o mercado impulsiona a economia do país e desempenha um papel vital na geração de empregos e riqueza, tendo gerado mais de 127 mil vagas de trabalho entre janeiro e abril em 2022, segundo um balanço realizado pela CNN com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Na data da análise, o veículo verificou que a indústria do país já somava mais de 8 milhões de profissionais com registro em carteira e empregava 400 mil trabalhadores a mais em relação aos quatro primeiros meses de 2021.

Luciano Lombardi, engenheiro chefe e consultor da Casa das Válvulas, conta que, com o passar dos anos, os sistemas de refrigeração industrial têm aumentado cada vez mais de tamanho, capacidade e complexidade, se adequando às novas demandas de produção e qualidade.

“O fluido refrigerante primário em todos esses sistemas é uma velha conhecida de todos, a amônia (NH3) ou amônia anidra”, afirma. “Mesmo sendo um fluído que proporciona uma série de vantagens técnicas e termodinâmicas, as operações precisam lidar com o uso dela de forma prudente e responsável, haja visto que estamos falando de um fluido tóxico nível 3”, complementa.

É nesse ponto que, segundo Lombardi, é necessário prestar atenção aos problemas que podem ser ocasionados pela falta de manutenção industrial: “Em acidentes ou incidentes com amônia nos sistemas industriais, a abertura de válvula de segurança antes da pressão adequada – assim como o não fechamento desta -, tem causado transtornos e riscos em todo o mundo”.

Diante disso, prossegue, fazer o dimensionamento, a seleção, a calibração e a substituição de forma correta é vital para garantir a segurança de todos os envolvidos.

Para concluir, o especialista da Casa das Válvulas destaca que, nos últimos anos, têm ocorrido diversos acidentes e incidentes com fluídos tóxicos na indústria. Um dos principais elementos envolvidos nos acidentes é a amônia, fluido tóxico nível 3, em que pequenos vazamentos são perceptíveis, mas, muitas vezes, desprezados.

“Também são comuns os acidentes e incidentes com o CO2, usado em sistemas de processamento e cervejarias e também com os hidrocarbonetos em boilers e sistemas de aquecimento”, reporta. “Monitorar de forma correta estes fluídos é a garantia de utilizar todo o potencial a favor e mitigar os riscos”, finaliza Lombardi.

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