Informalidade atinge 40,1% dos trabalhadores, aponta IBGE
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por meio da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), indicou nesta terça-feira, 31 de maio, dados referentes à ocupação do trabalhador brasileiro no período do trimestre encerrado em abril. De acordo com o estudo, a taxa de desemprego no país é de 10,5%, o que equivale a 11,3 milhões de pessoas sem emprego. Além disso, o instituto apontou que há, atualmente, 38,7 milhões de trabalhadores sem carteira assinada – em uma taxa de informalidade de 40,1%.
Outro dado que consta na mais recente edição da Pnad diz respeito ao rendimento médio real do trabalhador brasileiro, que foi de R$ 2.569. Tal valor, apesar de indicar estabilidade frente ao trimestre anterior (cuja cifra foi de R$ 2.566), é 7,9% menor do que o rendimento médio real verificado no mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.790).
A crescente informalidade, que para alguns especialistas faz com que a taxa de desemprego no país não seja mais crítica, pode ser observada de diversas formas, desde aquela que abrange trabalhadores que atuam nas ruas dos centros urbanos do país, comercializando os mais distintos produtos e oferecendo os mais variados serviços, até empreendedores que, por escolha própria, optam por atuar “por conta própria”.
Sobre os trabalhadores informais brasileiros, dados de um levantamento do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas), com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios), a pedido do jornal Folha de S.Paulo, mostrou que que o número de pessoas com curso superior trabalhando por conta própria ultrapassou 4 milhões no terceiro trimestre de 2021, o maior para o período desde que começaram as medições, em 2015.
Para Saul Melo, líder de novos negócios na Escreva para Web, empresa que oferece cursos e conteúdos para redatores freelancers, a busca “consciente” por tal informalidade pode ser explicada pelo fato de que “a nova geração procura independência financeira e crescimento rápido”.
E, neste sentido, sendo o mercado de trabalho dinâmico, prossegue ele, “se antes a pessoa buscava crescimento dentro de uma companhia ou esperava alguém oferecer uma oportunidade de crescimento, esta geração cria suas oportunidades”.
O profissional pontua que grande parte das profissões em que é possível atuar de forma autônoma requer boa escrita. Isto vale para áreas que exigem textos que sejam desenvolvidos de forma mais extensa – em artigos, por exemplo -, ou em mensagens mais curtas, como nas utilizadas no mercado de publicidade.
“Saber vender o ‘peixe’ é fundamental em qualquer área de atuação. Elaborar um texto com clareza e fluidez na leitura faz a diferença seja em um currículo ou na redação de um artigo”, pontua.
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