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Luxo sustentável é a nova tendência no mercado imobiliário

Pesquisa realizada pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica apresentou um raio-x sobre as tendências e preferências dos consumidores sobre o mercado imobiliário. Dentre os destaques, a pesquisa revelou que 57% dos entrevistados buscam imóveis que tenham espaços arejados e integrados com a natureza. Assim, o investimento em imóveis sustentáveis é uma forte tendência, porque a preocupação com o meio ambiente tem se tornado um tema cada vez mais relevante no mundo. Além disso, está comprovado que uma vida em um ambiente com sustentabilidade proporciona muito mais bem-estar. Nesta vertente, as características dos imóveis de alto padrão harmonizam dois aspectos aparentemente opostos: luxo e sustentabilidade.

Há anos os consumidores têm buscado ressignificar o conceito de lar, preocupados com o bem-estar e, também, com o meio ambiente. O setor de construção civil percebeu essa necessidade de áreas verdes e a preocupação em preservar o meio ambiente e a sustentabilidade se tornou um novo pilar para o mercado imobiliário de luxo. “O luxo sustentável é uma tendência, principalmente nos mercados de alto padrão e de luxo, conciliando imóveis altamente tecnológicos e modernos, mas construídos levando-se em conta a preocupação com o meio ambiente”, destaca o diretor da Daxo, Carlos Lopes.

Ainda sobre a pesquisa publicada em setembro de 2021, 80% dos entrevistados que buscam um empreendimento para morar priorizam a relação com o meio ambiente. Para eles, é indispensável o imóvel ter áreas verdes no quintal ou no entorno.

Já o mercado de luxo tem apresentado uma forte alta desde 2019, principalmente no segmento de imóveis. O Brasil viu despontar novas rotas de investimento, a valorização do metro quadrado e a consolidação de um novo perfil de consumidor. Em Santa Catarina, não apenas a região litorânea vem atraindo investimentos de empresas consolidadas. A região norte, forte polo econômico e industrial, e que tem a cidade de Joinville com o maior PIB do Estado, vem atraindo cada vez mais investimentos.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de Joinville foi de R$ 58.476, maior que o de Santa Catarina (R$ 45.117) e do Brasil (R$ 35.161). A “Manchester catarinense” também se destaca como a maior economia da região Sul, fora as capitais. E, de longe, a maior economia de Santa Catarina, tanto na diversidade e na variedade, quanto no número de empresas, PIB e número de empregos. Dessa forma, Joinville ocupa a 26ª posição entre as cidades mais ricas do país, com a maior população de Santa Catarina e 36ª do Brasil.

É neste mercado que os imóveis de luxo vêm ganhando capilaridade e as construtoras apresentando novos produtos para um consumidor exigente. “As pessoas têm valorizado cada vez mais os espaços e possibilidades que suas moradias oferecem, dando a elas as mais variadas utilidades, desde ambientes para trabalho remoto, estudo, lazer e socialização. Uma extensão do próprio indivíduo”, explica o diretor comercial da Daxo, Wagner Moacir da Silva.

De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, o mercado tem procurado oferecer aquilo que o comprador exige. “A procura por imóveis sustentáveis está em constante crescente. Já é uma necessidade e uma exigência do novo comprador”, reforça o diretor comercial da Daxo.

E os números reforçam a tendência: as vendas de produtos de alto padrão cresceram 51,7% em 2021, segundo dados da Associação das Marcas e Empresas de Luxo. De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), o mercado imobiliário de luxo no Brasil registrou 32% de crescimento em 2021 e a expectativa é de 48% de alta no setor de luxo de experiência até 2023.

Mais especificamente em Santa Catarina, o aumento pela procura de imóveis de luxo teve um aumento de 30%, também em 2021, conforme dados do Secovi. Já a pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica para o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (Sinduscon Joinville), aponta, de forma geral, que a valorização dos apartamentos na cidade chegou a 21,4% no último ano.

Ao estratificar esse público em potencial, no segmento imobiliário triple A, onde os tickets são elevados, evidencia-se um grupo extremamente seleto e reduzido de pessoas. Brasil deve ganhar 100 mil novos milionários até 2025. Os super-ricos, com patrimônio de mais de US$ 30 milhões, devem crescer 23% até 2025 no país. O número de brasileiros com patrimônio de mais de US$ 1 milhão pode chegar a 481 mil em 2025, crescimento de 29% em relação a 2020 , mostram estimativas da consultoria britânica Newmark, em relatório. O crescimento dos ricos e super-ricos será ainda maior na China. O estudo sugere um impressionante aumento de 56% até 2025, atingindo a marca de 9 milhões de pessoas com mais de US$ 1 milhão. Os super-ricos na China devem superar pela primeira vez a marca de 100 mil pessoas até 2025. Nos EUA, o número de super-ricos estará em 223.955 em 2025. “É um mercado específico, nichado e que requer muito mais do que tecnologia construtiva. Os produtos únicos e diferenciais atraem mercado, mas sabemos que temos que estar atentos a todas as tendências e movimentações, projetando um futuro que se materialize no desejo de nossos consumidores”, explica Wagner Moacir da Silva.

Nesse sentido, Lopes destaca que as pessoas têm valorizado cada vez mais os espaços e possibilidades que as moradias oferecem, dando a elas as mais variadas utilidades, desde ambientes para trabalho remoto, estudo, lazer e socialização. É como se fosse uma extensão do próprio indivíduo. “Ao mesmo tempo, a valorização do meio ambiente pelo público e os avanços tecnológicos têm resultado em imóveis que oferecem todas essas características”, ressalta Lopes.

“O bem-estar é o verdadeiro luxo. As pessoas almejam ter o máximo de harmonia e conforto em todos os aspectos da sua vida. Tudo isso faz parte de uma busca por um tipo ideal de existência, de beleza, qualidade, elegância, e que traduz inspirações profundamente humanas. É tudo uma questão de ser feliz, equilibrando design, simplicidade e acolhimento”, finaliza Lopes.