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Números indicam primeiro semestre histórico para o setor de consórcios

O consórcio tem sido uma boa opção de planejamento financeiro para milhões de brasileiros que buscam o parcelamento integral do bem, a diversidade de prazos para pagamentos, o poder de compra à vista, as possibilidades de obter o crédito por meio de sorteios ou acelerar a contemplação por meio de lances, a oportunidade de formar e ampliar patrimônio e a flexibilidade do uso do crédito.

“Acredito que tudo isso contribui para que o ano de 2022 seja o melhor de todos os tempos para o setor de consórcios. Se em 2021 tivemos recorde de vendas de cotas, os resultados apresentados pela ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios do acumulado entre os meses janeiro e maio mostram crescimento de 11,1% e confirmam a tendência de novo recorde – ou no mínimo um primeiro semestre histórico”, analisa Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.

Outro fator que tem relevância nas boas vendas no setor de consórcios é a Selic. Seu nome vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia e é a taxa básica de juros da economia e principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Ela influencia todas as taxas de juros do País, como as dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras. Assim como está, com base anual superior a 13,75%, com tendência de alta, os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos.

“Como sabemos o consórcio não tem de cobrança de juros. E aliado ao poder de compra do bem com crédito à vista, bem diferente do que ocorre em um financiamento comum, por exemplo”, diz Salim.

Destaques dos consórcios: crescimento expressivo nos cinco primeiros meses do ano

Quando comparamos os resultados do setor nos cinco primeiros meses de 2022 ao de 2021, os destaques são as 1,5 milhão de novas cotas, crescimento de 11, 1% e a alta no valor médio da cota de consórcio em 7,2%, atingindo o valor de R$ 66,53 mil, que fez o valor dos créditos contratados atingir o montante de R$ 96,13 BILHÕES, elevação de 15,6%.

Na contramão do crescimento, houve o segmento de serviços, com uma retração de 27,4%. Nos outros cinco indicadores, os resultados de novas cotas vendidas foram os seguintes: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 124,6%; veículos pesados, com 53,4%; imóveis, com 22,6%; motocicletas, com 7,6%; e veículos leves, com 1,9%.

“As vendas de novas cotas nos consórcios de imóveis foram as que mais movimentaram créditos. Com um crescimento de 16.5%, atingiu o valor de R$ 41,40 bilhões”, pontua o especialista.

Considerando que o consórcio de imóvel é uma opção contra o déficit habitacional no Brasil e o objetivo maior do participante nesse segmento é ter a sua casa própria, 38,92 mil contemplações injetaram cerca de R$ 6,83 bilhões no mercado imobiliário, com valor médio de R$ 180,75 mil por participante.

Os consórcios de veículos leves só ficaram atrás do de imóveis quando o assunto é créditos contratados: R$ 30,94 bilhões, crescimento de 8,3%. Foram 593 mil novas cotas contratadas e R$ 12,64 bilhões de créditos disponibilizados no período.

“Tudo indica, e os números comprovam, que ao completar 60 anos em 2022 o setor de consórcios segue com reais perspectivas de ser uma das mais importantes ferramentas de compra para milhões de brasileiros”, finaliza Salim.