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UFMG: país tem reservas de potássio para suprir a agricultura até 2100

O agronegócio alcançou uma participação de 27,4% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2021, a maior desde 2004, de 27,53%. A continuidade da guerra na Ucrânia preocupa empresas do setor, que dependem de elementos como o minério de potássio que vêm, em sua maioria, da Rússia e de Belarus, conforme dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Neste panorama, um estudo desenvolvido por pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) revela que o Brasil tem reservas que poderiam garantir o abastecimento de potássio até 2100. 

Apesar disso, devido à falta de infraestrutura tecnológica para a extração, os agricultores brasileiros são dependentes da importação do recurso, observa Matt Simpson, CEO da Brazil Potash, empresa que  controla a Potássio do Brasil Ltda, que atuará com extração e tratamento do minério de potássio. “Atualmente cerca de 95% do potássio consumido no país é importado”.

Na avaliação do empresário, a exploração sustentável de potássio no Brasil pode evoluir e se consolidar em um futuro próximo. “Com a escalada do conflito militar na Ucrânia e as sanções econômicas que vêm sendo impostas aos países agressores, Rússia e Bielorrússia, a oferta deste recurso no mercado diminuirá no curto-médio prazo, o que fará com que os preços de importação deste mineral sofram um aumento no mercado internacional”, avalia.

“Com este cenário”, acrescenta, “torna-se essencial que pensemos em alternativas para não depender apenas da importação deste recurso. Em um território com jazidas tão ricas, seremos capazes de trazer um novo motor para a agricultura e a economia nacional”. Ele afirma que é importante envolver todas as partes interessadas e comunidades no entorno das reservas, com um modelo de exploração sustentável do recurso, pensando em ir além dos benefícios econômicos, mas também na esfera ambiental e social.

Potássio pode contribuir para a economia do país

Para Simpson, a exploração de potássio pode trazer diversos benefícios à sociedade. O primeiro ponto é o benefício econômico para o Brasil, trazendo um novo mercado para a exploração interna, auxiliando no aumento de recursos para o combate à inflação. 

“O segundo ponto é a oferta de empregos que a atividade deve gerar com a exploração, já que vivemos em um país com aproximadamente 12 milhões de pessoas desempregadas. Assim, o investimento na área de extração mineral e o apoio à iniciativa privada para a geração de novos empregos são elementos essenciais”, articula.

De fato, o número de desempregados no país se manteve estável no início de 2022, em torno de 11,9 milhões, já que o percentual de desocupados era de 12 milhões no trimestre anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“A exploração de potássio no país pode contribuir para a promoção do desenvolvimento e o envolvimento da comunidade, com programas e planos de desenvolvimento para as regiões onde estão localizadas as reservas brasileiras, pensando sempre no desenvolvimento social e ambiental”, conclui o CEO da Brazil Potash.

Para mais informações, basta acessar: https://potassiodobrasil.com.br/