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Aumenta número de mulheres que negociam na Bolsa de Valores

Com o passar do tempo, as mulheres têm buscado se inserir cada vez mais em nichos que até então eram dominados pelo público masculino. Um destes é o mercado financeiro. Só neste ano, o aumento no número de pessoas físicas investindo foi de aproximadamente 700 mil. Segundo dados da B3, a população feminina representa cerca de 23% dos investidores cadastrados.

Público feminino

Atualmente, após o “boom” no número de investidores na renda variável, cada vez mais pessoas têm buscado profissionalização na área, e deixam os trabalhos tradicionais para operar na Bolsa de Valores. Diversas empresas oferecem cursos para que Traders possam se tornar profissionais. Com isso, a busca por esses cursos tem sido cada vez maior por parte do público feminino.

A Empresária Karina Idokawa, conta que começou a investir depois de uma crise em sua loja. “Opero há quase 2 anos e o que me chamou atenção no mercado financeiro foi a possibilidade de fazer dinheiro mesmo quando o país está em crise. Entretanto, na minha empresa, durante uma crise, precisei diminuir o quadro de funcionários e cheguei a tomar empréstimo no banco”.

Busca por protagonismo

O Estrategista-Chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, aponta que boa parte das mulheres que começaram, vieram pela curiosidade gerada através de alunos da mesma família. Com a Karina não foi muito diferente, ela começou a fazer o curso e influenciou seu marido a iniciar também. “Na minha família ninguém opera Day Trade. Sentia falta de falar sobre o assunto com alguém próximo, então sugeri para o meu esposo fazer o curso. Ele fez o curso comigo e agora ele também opera”, conta. Para Laatus, este aumento no número de mulheres no mercado financeiro em muito está relacionado à busca por protagonismo feminino em espaços maioritariamente masculinos, como o mercado financeiro.

Perfil diferenciado

Laatus, afirma que recentemente houve um crescimento considerável no número de mulheres no curso de profissionalização para Trader. Agora, mais de 15% é composto por mulheres. “Antes, a proporção era de 1 mulher a cada 50 alunos. Hoje, desses 50, 8 são mulheres. Ainda não é o ideal, mas já é um passo”. Para o Estrategista-Chefe, o público feminino apresenta um comportamento diferente e mais focado do que o masculino. “O perfil masculino costuma arriscar muito, o que pode ocasionar perdas parciais e até totais de seus investimentos.

Já o perfil feminino tende a ser mais centrado e detalhista, o que é o ideal”, afirma. Apesar de 48% do público do curso oferecido pelo grupo estar entre 30 e 40 anos, costuma ocorrer uma variação quando se trata de faixa etária. “Nosso público é bem variado, recebemos pessoas dos 18 aos 60, de médicos à universitários, e diversas classes sociais, a maior parte dos alunos é homem, porém a expectativa é que o número de mulheres cresça cada vez mais”, finaliza o Estrategista-Chefe do Grupo Laatus.

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