Silvania Dal Bosco passou de repórter a empresária de Comunicação
O Escritório de Consultoria e Comunicação – ECCO já contabiliza 14 anos no atendimento formatado às necessidades dos clientes
As constantes mudanças no cenário mundial, tanto em relação aos avanços tecnológicos quanto no consequente surgimento de novos modelos de negócio, leva profissionais de diferentes áreas a se reinventarem em suas carreiras. A comunicação é um desses segmentos que passa por um período de readequação, em grande parte por causa do surgimento de novas mídias, como a Internet e as redes sociais.
Silvania Dal Bosco é uma empresária que já percorreu todos os caminhos desse mercado. Há aproximadamente catorze anos, passou do jornalismo à assessoria de comunicação. Atualmente, é profissional requisitada por grandes empresas para divulgar demandas institucionais na imprensa e gerir crises. “Confesso que eu tinha uma imagem errada das assessorias de comunicação. Eu achava que muitas vezes as assessorias eram um desserviço ao jornalismo, obviamente porque eu estava do outro lado do balcão. Algumas de fato o são, mas a maioria é um importante canal entre empresas, governos e o público em geral com a mídia”.
Jornalismo e Marketing
Ao mudar-se para São Paulo, investiu em um MBA em Marketing na ESPM e somou a isso sua experiência com assessorias no jornalismo. Como finalização de seu MBA, Silvania criou o projeto de seu atual negócio, ECCO – Escritório de Consultoria e Comunicação. Procura manter-se atualizada sobre a área e no final de 2013 concluiu seu mestrado em Semiótica da Comunicação que também busca empregar os conhecimentos no atendimentos dos clientes.
Estabelecido há quase quinze anos, o escritório atende hoje grandes empresas, como Leroy Merlin, Asperbras, a rede de restaurantes La Pasta Gialla, entre outros. Para Silvania, um dos maiores desafios de iniciar um empreendimento fora do ambiente do jornalismo diário foi o de estabelecer uma nova identidade. “Quando você trabalha em grandes empresas, o nome da empresa abre portas, dá espaço para que você seja recebido, funciona como uma espécie de sobrenome”.
O escritório nasceu para ser uma “boutique”, na qual seus profissionais são dedicados aos clientes. Nunca teve a pretensão de ser uma grande assessoria, mas uma empresa de privilegia a qualidade no atendimento e entrega e a disponibilidade para pensar o que o cliente precisa e ajudá-lo a obter os resultados desejados.
Informação e estratégia
Outro desafio foi o de se articular para as mudanças que o cenário das assessorias de comunicação também passava. “Para comunicar bem, é preciso entender o negócio do cliente e o contexto econômico e político nos quais ele está inserido. Se você não tiver capacidade e preparo para ser também um consultor, você acaba virando um tarefeiro. Você não consegue atender seu cliente na totalidade e ajudá-lo a pensar a própria comunicação.”
Para a diretora, o conhecimento em marketing é de grande ajuda para o modelo de negócio do Escritório de Comunicação – ECCO. “Nós atuamos sempre em conjunto com as agências de publicidade dos clientes ou a diretoria de marketing dos clientes que possuem essa estrutura. Quando os clientes são menores, somos capacitados a solucionar os problemas mais emergentes de marketing, além da comunicação interna e externa e redes sociais. O marketing deu a ECCO uma estrutura de planejamento focada na busca de resultados efetivos”.
Prevenção e gestão de crises
Esse tipo de conhecimento é também essencial quando o assunto é gestão de crise. Tendo atuado em momentos cruciais pelos quais passaram grandes empresas, colégios, políticos e governos, Silvania considera fundamental para as empresas pensar não apenas no risco financeiro quando há problemas iminentes, mas também no impacto de suas reputações diante de uma situação inesperada.
A diretora defende a adoção de um posicionamento enfático, único e transparente perante os diversos públicos, sejam eles clientes, colaboradores, fornecedores ou a imprensa, para amenizar ou solucionar os efeitos de uma crise.
Em sua jornada com o Escritório de Consultoria e Comunicação, Silvania reconhece a importância de manter os pés no chão ao colocar o projeto de um negócio próprio em prática.
Empreendedorismo
“Ser um empreendedor é não ter no final do mês um salário certo como quando se é funcionário. É não ter horário fixo, você trabalha 24 horas por dia, principalmente se o tamanho da empresa é pequeno. Você é responsável pela administração, por uma equipe de trabalho, por entregar o melhor ao cliente, pela qualidade. O início demanda muito do empreendedor. Mas à medida que o negócio vai evoluindo e as coisas vão dando certo, é uma satisfação que dificilmente você consegue com um crachá”.
Para a empresária, um dos erros que um empreendedor pode cometer é não avaliar o cenário em que a empresa está inserida e persistir em estratégias que não funcionam. “Apesar de precisar ser muito teimoso, persistente e acreditar em seu sonho para ir adiante, acho um erro grave não ouvir a opinião das pessoas, não pesquisar o que o mercado pode oferecer. Tem que ter a cabeça aberta e disponibilidade para aprender com quem tem experiência e pode agregar para que você possa crescer com segurança”, conclui.
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