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Pesquisa brasileira: drones e IA monitoram descarte ilegal de lixo

Os drones são equipados com uma IA capaz de detectar detritos de lixo e são utilizados em locais de difícil acesso

 

O descarte ilegal de resíduos sólidos contribui para a degradação do meio ambiente e oferece risco aos catadores e garis. Combater este problema não é tarefa fácil, ainda mais quando ele acontece em áreas remotas e de difícil acesso, como encostas, terrenos baldios, margens de rios e áreas florestais. Mas é exatamente nestes casos que drones e inteligência artificial estão ajudando as autoridades.

Uso de drones é mais barato do que o de satélites

  • As tecnologias foram empregas durante um trabalho coordenado pelo engenheiro Marcelo Musci, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
  • O estudo é financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
  • Os drones são usados para localizar os detritos de lixo em locais onde a visão humana não consegue enxergar.
  • Além de poluir, estes resíduos podem provocar riscos de deslizamentos de terra, e contribuem para a proliferação de ratos, baratas e outras pragas urbanas.
  • O uso do equipamento, segundo os pesquisadores, é mais barato e fornece imagens em resolução melhor do que satélites, por exemplo.
  • As informações são da Agência Brasil.

Sistema pode prevenir enchentes

O trabalho usou uma rede neural baseada no funcionamento do cérebro humano. Uma inteligência artificial foi treinada para detectar detritos ensacados, restos de obras da construção civil, pedaços de madeira e objetos abandonados.

Essa tecnologia já é usada para localizar detritos em rios poluídos nas cidades da Europa. No Brasil, no entanto, a iniciativa é pioneira.

Os potenciais dela, de acordo com a equipe responsável pelo experimento, são enormes. Se for treinada para detectar lixo flutuante em rios, por exemplo, ela pode evitar que esse resíduo acumule e interrompa canais de escoamento, agravando enchentes.

O estudo foi realizado em várias regiões da zona oeste do Rio de Janeiro e conseguiu identificar e rotular imagens contendo vestígios de descarte irregular, com eficácia de 92%. De um total de 4.169 objetos, apenas 338 não foram identificados pelo sistema.

 

Fonte: Olhar Digital

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