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Premiação foca na equidade de gênero nas empresas

O Prêmio WEPs tem por objetivo estimular a implantação de implantar uma cultura de equidade de gênero nas organizações

A equidade de gênero vem sendo cada vez mais discutida na sociedade. Diferentemente da igualdade, a equidade preza pela promoção de iguais oportunidades para membros de um mesmo grupo, levando em consideração as diferenças entre cada um. Pensando nisso, empresas têm criado iniciativas que transformem ainda mais seus colaboradores e gestores para que, no futuro, isso seja uma realidade normal em todas as companhias.

Para incentivar ainda mais ações voltadas à igualdade e equidade de gênero, acontece em 2021, mais uma edição do Prêmio WEPs. A premiação, que tem como base os Princípios de Empoderamento das Mulheres (Women’s Empowerment Principles, em inglês), tem como objetivo estimular as empresas brasileiras a adotarem o propósito de implantar uma cultura de equidade de gênero nas organizações.

Para alcançar ainda mais empresas, entre os apoiadores da premiação está o ISAE Escola de Negócios, que faz parte do Pacto Global e auxiliou na elaboração dos Princípios para a Educação Executiva Responsável da ONU. Segundo a assessora de comunicação da presidência da instituição, avaliadora do Prêmio WEPs e mestre em governança e sustentabilidade, Kathya Balan, iniciativas assim dão destaque às boas práticas e cooperam para a melhoria no mundo. ‘‘Apoiamos e disseminamos a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como, por exemplo, o ODS 5, que trata da igualdade de gênero’’, diz. ‘‘Respeito, tolerância e equidade no ambiente de trabalho devem ser um compromisso das empresas, e o Prêmio WEPs tem o propósito de incentivar e reconhecer esses esforços para a promoção de uma a cultura da equidade de gênero e o empoderamento da mulher no Brasil’’, afirma a avaliadora.

Dados da desigualdade de gênero no Brasil

De acordo com o levantamento ‘‘Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil’’, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019 pouco mais de 37% das mulheres ocupavam cargos gerenciais no país. Segundo o estudo, as mulheres em cargos de liderança recebiam apenas 77,7% do salário de um homem que ocupava a mesma posição. Antes disso, na edição de 2018 da pesquisa, as mulheres eram 39,1% das representantes de cargos de lideranças e ganhavam 77,5% dos rendimentos dos homens que ocupavam o mesmo cargo. Ou seja, a cada ano, as mulheres perdem mais posições de gerência e têm seus salários ainda menores.

Por conta da pandemia, o número de desemprego aumentou no Brasil e no mundo. Para as mulheres a situação é ainda pior: o número de desempregadas é 17,2% maior que o número de homens sem emprego no país, de acordo com o IBGE. Além disso, em 2020, segundo o Cadastro Geral de Empregos (Caged), o saldo de aberturas e fechamento de vagas com carteira assinada foi negativo para as mulheres, mas positivo para os homens.

A cerimônia de premiação ocorrerá hoje. A iniciativa é realizada por meio da ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e financiado pela União Europeia em parceria com o WEPs e a Rede Brasil do Pacto Global.

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