Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

Notícias

Reforma Administrativa para modernizar o Estado Brasileiro entra na pauta

Mudanças são fundamentais para serviço público mais eficiente, defende José Maurício Caldeira

 

Nos últimos anos, o Brasil realizou várias reformas estruturais, como a Trabalhista,
a Previdenciária e, mais recentemente, a Tributária sobre o consumo. Com esta última
já encaminhada e a transição para o novo modelo desenhada, os parlamentares agora se
voltam para a Reforma Administrativa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PA), pretende criar um
Grupo de Trabalho para colocar o tema em pauta. O vice-presidente da Casa, Altineu
Côrtes (PL-RJ) anunciou esta disposição de Motta durante evento organizado por
associações empresariais ligadas ao comércio. “Acredito que temos sim um momento
importante para avançar com a reforma administrativa”, disse Altineu.

“É fundamental discutir a modernização do poder público, por isso, este grupo de
trabalho é muito bem-vindo”, diz o empresário José Maurício Caldeira, sócio-conselheiro
da Colpar Brasil, grupo que atua em diversos segmentos industriais e do agronegócio.
“O Brasil precisa discutir o tamanho do Estado, debater como ter um serviço público
eficiente, como valorizar os bons servidores, entre outros pontos”, reforça Caldeira.

“A Reforma Tributária levou mais de 30 anos para ser aprovada”, lembra José Maurício
Caldeira. “Não temos este tempo todo para tratar da reforma do Estado, pois as mudanças
tecnológicas, sociais e demográficas estão acontecendo muito rapidamente”. Na opinião
de Caldeira, o Brasil deve aproveitar esta onda reformista iniciada há quase uma década
e tirar mais esta reforma estruturante do papel. “Um dos maiores entraves para fazer
esta pauta avançar é a resistência dos funcionários públicos que temem perder direitos,
como a estabilidade, e a precarização dos serviços públicos por meio de terceirizações”,
complementa.

Desde o ano passado, ainda na presidência do deputado Arthur Lira (PP-AL), o deputado
Zé Trovão (PL-SC) tem sido um dos mais vocais defensores da criação do grupo de trabalho
da Reforma Administrativa, ideia agora abraçada pelo presidente Hugo Motta, que tem
sob sua responsabilidade a pauta da Câmara.

O ponto de partida deve ser a PEC 32/2020, apresentada ainda durante o governo Bolsonaro.
Esta PEC seria o primeiro passo para a redução de gastos com a folha de pagamento, a
modernização da prestação de serviços públicos e a diminuição da quantidade de
carreiras do serviço público federal.

Esta agenda de modernização do Estado tem a simpatia de várias entidades empresariais
como a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI),
a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Federação do Comércio,
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Essas três últimas entidades lançaram um manifesto defendendo que a Reforma Administrativa
seja realizada logo e se uniram em torno de diretrizes que, esperam, norteiem as discussões.

Uma das medidas mais importantes defendidas pelos setores produtivos é a implementação da
avaliação de desempenho dos servidores, com a criação de um sistema transparente e eficiente
para avaliar líderes e equipes.

Outra diretriz é o aprimoramento dos concursos públicos para que as competências práticas
dos candidatos sejam melhor analisadas. Neste contexto, as carreiras também seriam redesenhadas,
com o objetivo de torná-las mais simples e sustentáveis a longo prazo.

Um dos maiores entraves para fazer esta pauta avançar é a resistência dos funcionários públicos
que temem perder direitos, como a estabilidade, e a precarização dos serviços públicos por meio
de terceirizações.

As entidades empresariais dizem que o objetivo não é modificar a questão da estabilidade.
“Uma avaliação de desempenho bem implementada premiará os bons servidores”, observa José Maurício
Caldeira. E também facilitará a demissão dos profissionais com baixa performance, algo
que já é permitido pela legislação.

A questão dos supersalários, que estão concentrados basicamente no Judiciário, também está na
mira na Reforma Administrativa. A remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),
hoje é de R$ 46.366,19, deveria ser o teto, mas inúmeros mecanismos permitem o pagamento de
penduricalhos a juízes.

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostram que, em 2024, o judiciário pagou quase
R$ 7 bilhões em remunerações acima do teto constitucional. O próprio ministro do STF,
Gilmar Mendes, em evento sobre a Reforma Administrativa, definiu esses supersalários da
Justiça como “um quadro de verdadeira desordem”.

Para José Maurício Caldeira, além da PEC 32/2020, deve-se aproveitar outras propostas
sobre o tema em tramitação no Congresso, pois esta é uma forma de acelerar esta agenda.
“O debate é importantíssimo, a sociedade precisa chegar a consensos e isso leva tempo”,
avalia Caldeira. “Por isso, é preciso começar as discussões em torno desta pauta logo”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *