Creditas lança loja online para clientes do consignado privado

“Viabilizar as novas conquistas das pessoas por meio de um crédito de qualidade”. É assim que Sergio Furio, CEO e fundador da Creditas, explica a estratégia da fintech ao lançar a Creditas Store, loja online na qual é possível fazer compras utilizando o crédito consignado privado.

“Grande parte da população brasileira não tem limite suficiente no cartão de crédito para adquirir produtos de valor elevado e, muitas vezes, só é possível efetuar a compra com parcelamento máximo de 12 meses, o que acaba gerando parcelas muito altas”, diz o fundador da principal plataforma de crédito com garantia do país. 

Para satisfazer o desejo de consumir, muitas pessoas acabam utilizando linhas de crédito caras e ficam superendividadas. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 61 milhões de brasileiros terminaram 2019 inadimplentes e com o CPF restrito para contratar crédito. 

“Além de oferecer um empréstimo de qualidade, nós queremos nos envolver profundamente em toda a jornada do cliente, ajudá-lo a solucionar problemas e a viabilizar suas novas conquistas, entendendo o que ele precisa e aumentando seu poder de compra”, diz Sergio Furio. 

A Creditas Store surge nesse contexto. Por enquanto, quem acessar a loja online terá a possibilidade de adquirir um único produto: smartphones. No entanto, a ideia da Creditas é incluir nas prateleiras digitais programas de educação, como intercâmbio e cursos de pós-graduação. Eletrodomésticos e viagens também poderão ser comercializados nos próximos meses. 

Mais de 100 000 colaboradores das empresas conveniadas à fintech já podem comprar na loja online. O valor do produto escolhido será parcelado em 24 vezes, o processo concluído online e as parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento do colaborador.

O consignado privado é uma das linhas de crédito que contam com os menores juros do mercado. Em torno de 1,89%, de acordo com o Banco Central do Brasil – e maiores prazos para pagamento, justamente por ter o salário do colaborador como garantia da quitação do débito. Outro ponto positivo da modalidade é que a aprovação da operação passa por uma análise. Essa análise tem como objetivo não comprometer mais do que 30% da renda do tomador. 

De acordo com o Serasa Experian, a modalidade não para de crescer. Só entre janeiro e setembro de 2019, as concessões foram de 191,5 bilhões de reais, 36% a mais do que em igual período do ano anterior. 

“A Creditas Store é um produto não financeiro, mas está atrelada a um produto financeiro muito bom, que é o crédito consignado”, diz Fábio Zveibil, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da startup. “Na prática, estamos resolvendo um problema ou ajudando as pessoas a realizarem seus sonhos”. 

O executivo explica, também, que a estratégia de produtos da empresa possui dois focos. “Nosso objetivo, além de atender os desejos das pessoas, é atrair mais empresas para atender os benefícios que os RHs querem fornecer para seus colaboradores”, diz. “Se você quer comprar na nossa loja e sua empresa não está conectada com a Creditas, vamos conectá-la. Só consigo viabilizar esse parcelamento vantajoso por meio do consignado”.

A Creditas passou a oferecer crédito consignado privado no segundo semestre de 2019, após a aquisição de uma startup do segmento, a Creditoo. A operação ocorreu logo após o aporte de US$ 231 milhões liderado pelo conglomerado japonês Softbank, em julho. Foi também com esse investimento que a empresa abriu um hub de tecnologia em Valência. E foi em terras espanholas, com o empenho de 25 desenvolvedores, que a Creditas Store foi desenvolvida. 

Com sede em São Paulo, a Creditas conta com mais de 1 600 colaboradores. Já já recebeu 1,2 bilhão de reais em investimentos de fundos internacionais de Venture Capital. A empresa tem se destacado nos rankings da KPMG, Business Insider, Glassdoor e LinkedIn. Sendo apontada como uma das fintechs mais promissoras e inovadoras do mundo.

Fonte: Exponencial Creditas – por Elaine Ortiz