Inovações

Dupla de empresários teve seu projeto rejeitado mais de 60 vezes e hoje já tem mais de R$90 milhões em investimentos

O aplicativo criado por eles já atingiu 2,5 milhões de usuários

Após o empresário americano Benjamin Gleason se mudar para o Brasil no ano de 2007 para trabalhar voluntariamente na reestruturação financeira de uma ONG no Rio de Janeiro, ele, que já havia trabalhado em bancos e em grandes empresas, percebeu como era difícil para as pessoas, que não eram do meio do mercado financeiro, gerenciarem seus gastos bancários. Em tempos de crise, em que os juros estão mais altos, e com o aumento da inadimplência no país, Gleason e Tiago Alvarez viram que as pessoas acabavam gastando mais do poderiam e que a prioridade para elas, nesse momento, era economizar.

Divulgação GuiaBolso

Foi pensando nisso que a dupla de empresários teve a ideia de criar um aplicativo que ajudasse essas pessoas a controlarem seus gastos. A ferramenta desenvolvida por eles, intitulada GuiaBolso, acompanha a conta bancária do usuário de maneira automática e proporciona uma economia significativa. “A análise de perfil dos usuários mostrou que, após quatro meses de acompanhamento, uma pessoa já é capaz de economizar 2,5 vezes mais. E vemos isso não por pesquisas de opinião, mas por meio da análise direta no extrato”, esclarece Gleason.

Apesar de parecer uma ótima ideia, na opinião de seus criadores, a ferramenta, a princípio, não conseguiu o investimento necessário. A dupla teve seu projeto rejeitado mais de 60 vezes, e, após diversas respostas negativas, eles finalmente conquistaram a confiança dos investidores e puderam dar continuidade à ideia. Hoje, a ferramenta já é destaque por ser o aplicativo de finanças mais baixado do país, com mais de 2,5 milhões de usuários e cerca de 90 milhões de reais em investimentos.

Esses empreendedores, além de darem uma aula de persistência e paciência para outros profissionais, mostraram que é possível ter um negócio rentável e, ao mesmo tempo, impactar positivamente a vida das pessoas.

Fonte: Exame.com

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