Inteligência artificial deve moldar o mercado de tecnologia em 2020
Pesquisa da Accenture revela que o uso da tecnologia deve se tornar ainda mais recorrente nas empresas; gastos já superam 37 bilhões de dólares
Uma pesquisa realizada pela consultoria americana Accenture e chamada de Technology Vision mapeou as principais tendências tecnológicas para os próximos anos. Realizado com base na resposta de mais de 6 mil executivos de 25 países, o estudo aponta que a inteligência artificial é um dos temas que estará em alta no início da próxima década.
Mercado de tecnologia
Com um dos pontos intitulado como “Eu e a inteligência artificial: reimaginar os negócios por meio de colaboração humana de IA”, a análise é de que as companhias precisam adotar uma nova abordagem para conciliar o uso desta ferramenta digital com os processos humanizados para que homem e máquina trabalhem em conjunto com o máximo de eficiência.
Não é uma missão das mais fáceis. De acordo com a pesquisa, apenas 55% dos entrevistados acreditam que os funcionários vão descobrir formas fáceis de lidar com a inteligência artificial. O restante considera que este ainda é um desafio a ser superado.
Inteligência aliada
Ainda em números, apenas 23% das empresas estão fazendo uso de inteligência artificial aliada com a força de trabalho. Isso deve mudar nos próximos anos. Para 63% dos executivos entrevistados, a expectativa é de que suas empresas passem a utilizar mais técnicas de robótica. Elas serão munidas com inteligência artificial em ambientes não controlados.
“A inteligência artificial está transformando a relação entre as pessoas e as máquinas. E o uso desta tecnologia para a automação de processos é apenas uma pequena fração do potencial desta ferramenta”, afirma Michael Biltz, diretor do Accenture Technology Vision.
Forte investimento
De fato, é um mercado em crescimento e que deve ter seus resultados multiplicados nos próximos anos. De acordo com dado do IDC, os gastos globais com técnicas de inteligência artificial devem ser de quase 98 bilhões de dólares em 2023. É mais de duas vezes o valor gasto em 2019, 37,5 bilhões de dólares.
Não é a toa que empresas como o Google, uma gigante avaliada em mais de 1 trilhão de dólares, já admitem que essa pode ser a próxima revolução digital. “A inteligência artificial é uma das coisas mais profundas em que estamos trabalhando como humanidade. É mais profundo do que o fogo ou a eletricidade”, disse o presidente da Alphabet, Sundar Pichai, em entrevista no fim de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial.
Até mesmo um dos maiores fundos de investimento do planeta está de olho em profissionais que possam lidar com a ferramenta. No começo do mês, o banco japonês Softbank anunciou a criação de um programa para treinar fundadores e funcionários de startups em técnicas de inteligência artificial e mecanismos de ciência de dados.
Outras conclusões
O estudo da Accenture ainda revela mais alguns pontos de destaque em relação ao uso da tecnologia no setor corporativo. Apenas 24% dos questionados não considera os que os riscos de inovação são altos. Além disso, em relação ao mercado, cinco em cada seis executivos entrevistados apostam que as empresas precisam mudar a mentalidade em relação aos clientes e tratá-los como parceiros.
Fonte: Exame
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