Empreendedorismo

José Maurício Caldeira ensina o caminho para empreender com sucesso no Brasil e no Exterior

José Maurício Caldeira é um empreendedor de sucesso. Formado em Administração e Contabilidade, ele trilhou um longo caminho até se tornar sócio e conselheiro da Asperbras. A empresa, que começou com implementos agrícolas para irrigação, hoje é reconhecida pela qualidade dos produtos que saem das suas indústrias de tubos, conexões de PVC e Rotomoldagem e se tornou um grande grupo empresarial com actuações nas diversas áreas.

Quando questionado sobre o segredo do sucesso como empreendedor, José Mauricio Caldeira ressalta que sua dica é a mesma para qualquer profissão que alguém decida seguir: buscar ao máximo qualificação. “A minha geração conseguiu tirar no braço aquilo que faltou de formação profissional. O mercado esperou um pouco, mas a geração actual não espera”, analisa José Maurício Caldeira. “O profissional de hoje, com 22 anos de idade, tem uma excelente formação básica. Você encontrará, sim, um mercado mais disputado, então os jovens devem procurar  ganhar a qualificação desde muito cedo. É importante sair  um pouco das redes sociais, das fake news, e buscar cursos que abram novas perspectiva.  Não há desculpas, há diversos cursos gratuitos na internet”, indica.

Made in Brazil

A holding Asperbras vai do agro-negócio à fabricação de contraplacado e actuação em sectores de alimentos, mineração, incorporação imobiliária e geração de energia. Hoje, o grupo actua em quase todo Brasil e em três outros continentes: África, Europa e América do Sul.

“Todo profissional que se dedica a fazer algo diferente, para se especializar, sonha em um dia ter experiência internacional”, diz José Maurício Caldeira, “mas eu jamais imaginei que chegaria a trabalhar no protagonismo de desenvolvimento de países com desafios tão grandes, como Congo e Angola”, conta ele, que hoje está radicado em Portugal.

Estudo, trabalho e empreendedorismo

O executivo iniciou sua carreira em escritórios de contabilidade quando tinha apenas 13 anos. Aos 18 anos, enquanto estudava administração, já era o contador responsável em uma empresa de médio porte e dava aulas na Teco Contabilidade, em São José do Rio Preto, no interior do estado de São Paulo.

Em 1994, após trabalhar por dez anos como administrador numa rede de concessionárias e vendas de pneus, José Maurício Caldeira fundou seu próprio negócio de consultoria, a JMC Consult, hoje uma empresa pessoal de investimentos. Em 2002, ele foi indicado aos irmãos Roberto e Francisco Colnaghi, donos da Asperbras, para assessorar na internacionalização da empresa, prestes a adquirir a primeira conta em África.

Pós-guerra

Ao chegar em Angola, Caldeira viu-se diante de um cenário de pós-guerra. “As oportunidades eram muitas, ou quase todas, porque você tinha um país para ser refeito ali”, conta ele. O que começou como um negócio de trading se transformou à medida que os empreendedores percebiam as demandas locais. Logo, foi desenvolvido um distrito industrial para suprir necessidades como o fornecimento de materiais de construção básicos.

Havia, entretanto, uma grande barreira cultural com conflitos que iam” de horários de expediente à postura perante o trabalho. “Nossa estratégia foi respeitar a cultura, investir na formação, identificar os melhores funcionários e dar a eles uma condição para que servissem de exemplo”, diz José Maurício Caldeira. “Hoje, nós temos uma rotatividade em Angola muito baixa. Tem pessoas que estão connosco desde o início. Muitos angolanos que entraram sem nenhuma formação, hoje ocupam cargos de gerência. Foi uma experiência gratificante de ver o quanto tudo evoluiu.”

Congo

Com a experiência de dez anos em Luanda, em 2011, José Maurício Caldeira deu mais um passo ao lado da Asperbras. Dessa vez, o grupo investiu em um novo distrito industrial em Brazaville, no Congo. A Asperbras chegou a ter mais de cinco mil funcionários no Congo. E o  grande desafio imposto no início da empreitada foi lidar com um país cuja língua nativa é o francês.

A estratégia chave para desenvolver o trabalho foi contratar profissionais portugueses que conseguiam fazer a comunicação fluir em português e francês. “Todos os motoristas que servem à sede, hoje, falam também o português, então não é só dentro dos escritórios. Essas pessoas são autodidactas, aprenderam com a internet e com as conversas no dia-a-dia”, orgulha-se José Maurício Caldeira.

Lupa nos problemas

Mesmo com um histórico de grandes desafios superados, o executivo diz ser cauteloso. “O medo é importante, faz pensar e repensar, redobrar a atenção ao planejamento e evitar o erro, mas é preciso cuidado para não perder grandes oportunidades”, diz. Para ele, é por isso que sua parceria com o presidente da Asperbras, José Roberto Colnaghi, é tão produtiva. O optimismo e a confiança de Colnaghi são ponderados por Caldeira para atingir o equilíbrio nas decisões.

Investimentos no Brasil

Em 2018, mesmo período em que o Brasil passou por uma fase económica bastante conturbada, a Asperbras demonstrou confiança no país com investimentos arrojados em segmentos diversificados. Inaugurou uma fábrica de contraplacados em Água Clara (MS), a GreenPlac;  a UTEE Antônia, uma usina sustentável em Guarapuava (PR), a Abitte, uma nova marca para  projeto imobiliários que lançou seu primeiro empreendimento em Birigui (SP), além da fábrica de laticínios da Bonolat em Penápolis (SP).

Há vagas

E para quem busca uma oportunidade ele avisa: “eu não procuro génio para trabalhar comigo, eu procuro pessoas comprometidas. Eu não quero pessoas híper bem formadas, mas eu quero pessoas que queiram se dar a oportunidade, buscar a formação, buscar a especialização e não parar”. O mercado, de fato, busca pessoas com esse perfil.

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