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Criptomoedas oscilam com guerra na Ucrânia; veja perspectivas para cotação

Tensão geopolítica tem levado investidores a reduzir exposições a risco, e os criptoativos acabaram sofrendo com esse movimento

 

O ataque da Rússia à Ucrânia refletiu nas cotações das criptomoedas, que passaram a operar em queda logo após a invasão. A tensão geopolítica tem levado investidores a reduzir exposições a risco, e os criptoativos acabaram sofrendo com esse movimento.

 

Na quinta-feira (24), o bitcoin chegou a cair 7,9%, para US$ 34.324, menor cotação desde 24 de janeiro. Na sequência, se recuperou um pouco e no final do dia era negociada a US$ 38.579. Outras criptomoedas, como o ethereum, seguiam a mesma trajetória.

 

Segundo João Marco Cunha, gestor de portfólio da Hashdex, o desenrolar da crise pode aprofundar essa aversão ao risco e fazer com que investidores retirem mais recursos dos criptoativos —o que pode levar a uma queda maior nos preços.

 

Já o chefe de estratégia financeira da empresa de criptomoedas Solrise Group, Jospeh Edwards, diz que o mercado cripto seguiu a desvalorização das ações globais.

 

“Todas as coisas tendem a se correlacionar em crises. É provável que o pior esteja reservado nos próximos dias”, afirma.

 

Jennie Li, estrategista de ações da XP, diz que as criptomoedas eram conhecidas por não terem relação com as bolsas mundiais e não serem afetadas por situações macroeconômicas e geopolíticas.

 

“Mas esse cenário mudou. Nos últimos meses, os criptoativos tem se comportado como os ativos de risco. Tanto que vimos uma queda forte nos índices norte-americanos, principalmente em empresas de tecnologia, e as criptos caíram junto”.

 

Caio Villa, diretor de investimentos da Uniera, afirma que, neste momento, de incertezas, a tendência é de queda, mas que isso deve se reverter.

 

“Em breve teremos mais clareza sobre os impactos da guerra na Ucrânia, e conseguiremos mapear o cenário no médio e longo prazo, e, assim, as pessoas passarão a tomar mais risco, e os criptoativos voltarão a subir”.

 

Já para Eduardo Grübler, gestor de renda variável da Warren, a invasão pode colocar em risco algumas redes de mineração, “o que é necessária uma atenção redobrada por parte dos investidores de criptomoedas”.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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