Saúde

Jogos podem estimular e desenvolver a memória em idosos

Os jogos fazem parte da infância de qualquer pessoa. Seja com um quebra-cabeça, uma partida de xadrez ou um jogo de dominó, a prática sempre foi sinônimo de lazer e descontração entre amigos e família. Atualmente, eles não são apenas entretenimento. Os jogos ajudam a exercitar o cérebro, potencializando a aprendizagem em crianças, estimula a produtividade de profissionais e, principalmente, mantém habilidades como a memória, o que garante melhor qualidade de vida para os idosos de maneira divertida e prazerosa.

Segundo Solange Jacob, Diretora Acadêmica do Método SUPERA, rede de escolas de ginástica para o cérebro, os jogos contribuem para a estimulação das funções executivas que trazem sucesso não apenas na construção de habilidades cognitivas, mas também como socioemocionais, de ética e cidadania.  “Os jogos exercitam o cérebro e proporcionam oportunidades adequadas para o desenvolvimento humano na interação social, na expressão afetiva, na evolução da linguagem, na experimentação de possibilidades motoras, apropriação de regras sociais e imersão no universo cultural”, conta Solange.

Memória

Para pessoas com 60 anos ou mais, as principais vantagens de jogar são manter o cérebro – e a memória- ativo e ainda garantir socialização entre colegas, o que garante momentos de qualidade de vida e bem-estar, além de prevenir o aparecimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. “Jogar exige concentração, memória, estratégia, trabalho em equipe e foco para que se alcance objetivos. Com isso, estimulamos o cérebro de forma que criamos novas conexões entre os neurônios, ampliando o que chamamos de reserva cognitiva”, explica a especialista.

“Uma reserva cognitiva maior será muito útil sob o envelhecimento, pois, sob o estresse, circuitos que demandam maior gasto de energia dificilmente serão ativados e você estará confinado a poucas alternativas de resposta. No envelhecimento, as células neuronais tendem a morrer”, complementa.

Metodologia

Com uma metodologia baseada na neurociência, a ginástica cerebral segue os conceitos de novidade, variedade e desafio crescente, em que alunos de todas as idades têm a oportunidade de interagir com jogos de tabuleiro e online, além de outras ferramentas que estimulam o cérebro.

Maria Santana de Souza tem 71 anos e procurou o curso de ginástica cerebral  porque já tinha histórico de Alzheimer na família. Com treino e persistência, ela conta que os resultados são surpreendentes. “Comecei a perceber muitas melhoras na minha memória em pequenas situações cotidianas, como lembrar onde guardei as coisas, horários de consultas médicas… Além disso, desenvolvi também minha concentração e autoestima porque em sala de aula eu conheço pessoas novas e faço amigos”, relata Maria.

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais também contribui muito para a melhoria da qualidade de vida, fazendo com que as pessoas vivam melhor por mais tempo.

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