Para millennials: jovem cria startup que traz aprendizado contínuo ao processo seletivo
Você já deve ter ouvido falar dos millennials. Também conhecidos como geração Y, são aqueles que nasceram entre o início dos anos 80 e final dos anos 90. Muitos ainda dividem esses jovens entre os old millennials, que viveram boa parte da infância sem internet, e os young millennials, que já tiveram contato com a tecnologia ao nascer. Indo além da nomenclatura, uma coisa é certa: essa geração já impacta (e muito) o mercado de trabalho atual.
Foi pensando em falar diretamente com esses jovens e capacitá-los nos mais diversos aspectos que nasceu, há cerca de dois anos, a Academia do Universitário. A startup surgiu com o objetivo de democratizar o acesso a educação desses jovens. Além disso, foi criada a partir de uma experiência de Diego Cidade, fundador da empresa, que teve dificuldades para conseguir seu primeiro estágio. Na prática, a AU faz a ponte entre empresas que buscam novos talentos e aqueles que procuram uma oportunidade.
Tudo isso por meio de um processo seletivo que foge do convencional. “Atuamos desde a parte de atração até retenção e aprendizado desse núcleo universitário. Capacitamos esses jovens com as principais habilidades do século XXI, focando em soft skills e na parceria com cursinhos e outras instituições”, conta Diego.
O candidato certo para a vaga ideal
“De millennial para millennial” — é assim que a startup define sua comunicação e seus processos. As empresas que desejam conversar e trabalhar com essa nova geração podem definir uma estratégia e ter um processo seletivo inovador. Já os candidatos têm a chance de mostrar seu potencial enquanto aprendem e se capacitam.
O processo é divido em etapas como o board da alma, onde através da Metodologia AU a empresa chega até esses universitários e se comunica de forma assertiva; conexão entre propósito, onde é feito — de forma leve e criativa — um “match” entre a empresa e os candidatos; e score, onde as competências dos universitários são metrificadas em busca do fit cultural para as próximas fases.
Marcas empregadoras podem acompanhar o desempenho dos candidatos
A partir disso, os candidatos aprovados se tornam alunos de uma trilha de aprendizagem, onde absorvem conteúdos relacionados as principais habilidades do século XXI. Todo esse material é disponibilizado em formato de texto, podcast ou vídeo. Por fim, são realizadas as entrevistas e a marca empregadora recebe um relatório completo com todas as métricas do processo seletivo e dados individuais sobre cada participante.
Depois de serem selecionados, os Super Estagiários, como são chamados os aprovados, fazem parte de uma rede onde fomentam a troca entre si, seja trabalhando em uma grande empresa ou em uma startup. “Eliminamos a parte ‘chata’ de atração e triagem de currículos e agregamos valor na educação continuada, com uma banca de mentores”, conta Diego.
Candidatos aprovados passam por uma Trilha de aprendizagem EAD
O futuro é agora
Mais de 5 mil alunos já passaram pela trilha de aprendizagem da Academia do Universitário. Além disso, cerca de 20 mil pessoas tiveram contato com as primeiras etapas. A startup atua com empresas como B2W digital, SearchLab, Interfreight e WeWork. Além de todo o processo seletivo, a AU ainda aposta na produção de conteúdos abertos com dicas sobre desenvolvimento profissional, home office, employer branding, entre outros temas.
Segundo Diego, o próximo passo é automatizar todo o processo de triagem dos candidatos, trazendo ainda mais inteligência para jornada das empresas e universitários. O empreendedor, que também é um millennial, acredita que mudanças como essas — seja no processo seletivo ou na forma de reter os talentos — fazem parte de um movimento que não tem volta. “Vejo essa geração como um forte vetor de transformação digital para as empresas”.
FONTE: Startse | Por Isabella Carvalho