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Empreendedorismo

“Ser empreendedor é ter uma capacidade de resiliência fora do comum”

 

Música & Mercado é uma revista brasileira, focada na área de negócios no meio musical. Com publicações em português e espanhol a revista é veiculada em toda a América Latina

Daniel Neves

Daniel Neves, fundador da revista Música & Mercado, principal veículo de comunicação de negócios na área de áudio, luz e instrumentos musicais no Brasil e na América Latina, afirma que a grande característica do seu sucesso é a sua resiliência. A capacidade de cair, levantar e aprender com os erros.  Segundo o dicionário Michaelis, o poder da recuperação.

A ideia original da revista foi elaborada em 1996. “Eu recebi um informativo americano setorial na área de bateria. Achava que o Brasil deveria ter uma revista parecida e fiz um projeto no caderno”, conta Neves, que até hoje organiza suas ideias em uma folha de papel com o intuito de ter algo concreto, algo palpável para acreditar. Na ocasião, o empresário não colocou a ideia em prática pois seu sócio não acreditou na ideia, afirmava que o lojista brasileiro não receberia ordens ou instruções de uma revista nacional. “E essa era uma ideia que eu tinha certeza que daria certo”.

“Eu quebrei a empresa. Falo dessa forma para lembrar exatamente onde eu errei”, já em 1999, após quebrar a empresa e deixar bem claro que por culpa própria, Daniel aprendeu, talvez, a maior de suas lições: começar de novo. Voltou a trabalhar em outras empresas durante os próximos quatro anos. E em 2003 tirou seu projeto da gaveta, guardado há sete anos, para colocar em prática.

Formado em administração e com a experiência adquirida, fez um plano de negócios. Sabia que precisava de uma estratégia, alguma coisa mesmo que básica. “O primeiro passo foi criar a logomarca. Acreditando que já fazia parte de uma nova empresa”, o empresário conta como foi sacrificante o começo por trabalhar em duas empresas. Empregado em Guarulhos, a mais de 30 km de sua casa, escrevia seus textos no período da noite e vendia anúncios no horário de almoço.

Sem dinheiro para apresentar suas propostas aos anunciantes, teve que se virar como pode. Conhecido e atuante no mercado, conseguiu vender seis anúncios. Com o dinheiro, mandou imprimir cinco mil exemplares, a primeira edição da revista Música e Mercado.  Colou selo por selo para postar nos correios, processo que demorou aproximadamente 30 dias. “A partir disso a revista começou. Diminuí minha carga horária na outra empresa e comuniquei que estava de
saída”.

“Quando me dediquei integralmente à empresa, como se fosse um filho, foi que ela decolou”, recorda o empresário. Tinha três possíveis caminhos pela frente: O do fracasso, onde trabalharia em casa, diminuindo todos os gastos possíveis, sozinho fazendo a revista; o intermediário, onde teria alguns empregados, escritório próprio e conseguiria viver do próprio negócio; o último e mais luxuoso, teria carros conversíveis e todos seus sonhos realizados.musicaemercado

Até então não se sentia como empreendedor, ficava desconfortável com esse rótulo: “O empreendedor nasce querendo empreender. É como o inventor que nasce querendo inventar”. Ao se ver como empresário, foi descobrindo as próprias características que poderia usar a seu favor: resiliência, disciplina, visão de futuro e administrativa e querer aprender, sempre. “Essa é minha concepção de empreendedor. Talvez por ser a minha história”.

Quando a Música e Mercado virou realmente uma revista, com fluxo de anunciantes, periodicidade, leitores e conteúdo, foi a hora de atingir novos horizontes.  As tendências musicais no Brasil eram ditadas por revistas estrangeiras. A informação só era tida como verdade depois que aparecesse em uma dessas revistas. “Eu queria que minha revista fosse respeitada lá fora. E eu também queria ser respeitado”, garante Daniel. Sem inglês, sem espanhol, sem diploma de jornalismo e sem experiência em outras editoras, o próximo passo era conquistar o
mercado internacional, ou parte dele. E faria isso baseado em seu dogma, a resiliência.

Após um novo plano de negócios, com novos objetivos, percebeu que seria impossível tal manobra nos Estados Unidos. Os custos para essa operação são exorbitantes e o canal de distribuição não é nada fácil. “Se é difícil para mim, será também para qualquer concorrente”, pensava. Se os EUA conseguiam revistas globais, o novo desafio era descobrir: como?

Focar na língua hispânica e não em um país especifico foi uma das soluções encontradas. Os países latino-americanos não tinham uma revista especifica para seu mercado.  Com o modelo de negócio freemium, a revista teria que funcionar mesmo sem compradores. A distribuição das unidades seria gratuita e se alguém quiser algo a mais, só assim teria que pagar. “O próprio negócio me obrigava a ser eficiente, senão, não teria comprador”.

Sem falar nada de inglês, “e isso não é exagero”, foi ao EUA com uma funcionaria bilíngue vender anúncios em inglês para sua revista focada no mercado hispânico. Com uma edição em espanhol impressa e após algumas reuniões em portunhol , levou portada atrás de portada no primeiro momento. Mas não desistiu.

“Todo o meu desejo era conseguir consolidar uma revista, porém hoje o jogo mudou. percebi que a informação é a mercadoria”, conta Daniel. Com a internet, smartphones e toda essa tecnologia, o empresário passou a investir também em  novas plataformas. “A revista é uma das mídias, defende..

“Eu vendo a informação e faço com que as pessoas desejem, comprem, analisem, estudem e se profissionalizem na área da música”. Entender que o seu negócio não era apenas revistas, e sim a informação, foi o terceiro na escalada do empreendedorismo. “O primeiro foi entrar no negócio de música com uma publicação de mercado no Brasil. O segundo foi criar a publicação em espanhol. E agora estamos no mundo digital, com aplicativos para smartphones, newsletter competente e atualizada e um site moderno e dinâmico”, garante Daniel.

Com o histórico de realizações e a estruturação da empresa em 12 anos, a meta em 2015 é focar no retorno financeiro. “Preciso empreender a minha vida também, não somente a empresa”, finaliza o empreendedor Daniel Neves.

 

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